No dia 22 de Agosto, segundo sábado de aula da Turma 33, tive uma aula sobre Vieses com a Pamela Mello. A palestra foi divulgada como surpresa, então nenhum dos alunos sabia sobre o que se trataria a conversa, o que foi essencial para a dinâmica da aula. Antes do tema ser revelado, Pamela nos fez 3 perguntas, uma delas foi a seguinte:
“Você foi convocado para uma reunião com os CEOs das 10 maiores empresas financeiras do Brasil. Como você imagina essa cena?”.
O que a turma respondeu foi: um grupo de homens de terno, mais experientes, sérios e outros estereótipos que temos do cargo mais alto de uma empresa.
Mas por que associamos essa posição a apenas um limitado grupo de pessoas?
Sou voluntária em uma organização chamada Youth Climate Leaders, que além de ter uma CEO mulher jovem, é marcado pela liderança e predominância feminina. Por que então não imaginei essas pessoas no cenário proposto mesmo tendo esse grupo tão próximo a mim? Por que não pensei em pessoas das mais variadas etnias, idades, gêneros e representantes de grupos minoritários como a comunidade LGBTQIA+ numa reunião dessas?
Simples, viés inconsciente. Um viés é um atalho mental criado através de vivências e aprendizados, influenciado pela nossa cultura e ambiente, que nos faz ter julgamentos e atitudes baseados em estereótipos.
Todos nós temos vieses, não há como negar, mas o problema não é tê-los e sim não os reconhecer. Esses atalhos influenciam diariamente nas nossas escolhas e precisamos nos tornar conscientes dessas tendências para não os deixar tomar conta do nosso comportamento. Principalmente quando trabalhamos em um projeto que envolve pessoas de uma realidade diferente da nossa. Não assuma algo como verdade absoluta, pratique a escuta ativa, saia da sua zona de conforto e seja empático!
E, uma última dica, divida seu conhecimento com as pessoas próximas, afinal estamos cercados de vieses e temos o poder de tornar nosso meio um pouco mais consciente, diverso e plural.