A vida é muito louca. Essa foi a frase que a minha colega soltou no meio da nossa conversa acerca do que os futuro guarda para nós. E é verdade, é tudo muito louco, mas essa é só uma maneira de dizer que temos muitas possibilidades e caminhos a trilhar, e muitas vezes desistimos ou aterramos os pés no chão de forma a praticar uma visão mais realista e menos sonhadora de quem podemos ser. Ande com os pés no chão, mas só as pontas.
Confesso que demorei a desenhar um futuro para mim, foi uma tarefa extremamente complicada, apesar das instruções simples: imaginar a minha vida em 2025. São cinco anos, 1826 dias, 43830 horas. O que eu posso fazer com isso? Poder talvez não seja o verbo certo. O que eu quero fazer com isso? O poder só existe depois do querer, pois a possibilidade de fazer acontecer sou eu quem vou criar, desconstruir, destruir... mas a possibilidade existe.
A melhor parte de conversar sobre isso com alguém é descobrir que você não sonha sozinha. Muito pelo contrário, é mais fácil se deparar com ideias melhores, futuros mais brilhantes e possibilidades ainda maiores que a sua. Na chamada com os meus colegas do curso encontrei cinco pessoas que apesar de nunca terem se encontrado antes, possuem os mesmos sonhos, anseios, desejos e futuros. Jovens que, como eu, veem o impossível como ferramenta de criação de cenários e de uma vida repleta de novas experiências, aprendizados, responsabilidade e querem seguir impactando o mundo. São engenheiros, advogados, internacionalistas e mesmo assim, com os mesmos propósitos e sonhos aparentemente inalcançáveis.
Desliguei a chamada com o coração aliviado, inspirada pelas histórias e focada em fazer tudo o que eu quero acontecer. Em cinco anos, quero terminar a minha graduação com tudo que a faculdade me permite ter: conhecimento e vontade de mudar o mundo. Eu vou mudar o mundo, e ninguém faz isso sozinho, mas já conheço pelo menos outras cinco pessoas que também estão sonhando com o mesmo objetivo.
De que maneira eu posso mudar o mundo? Estudando, criando, administrando? A minha ambição precisará de rédeas, e muito planejamento. É preciso saber que tudo é possível, mas que a luta é constante e a resiliência é a chave para o sucesso. Tenho que continuar tentando, quantas vezes necessário.
No final das contas, o que importa para o leitor dessa reflexão não são os detalhes da visão que tenho do meu futuro, e sim as possibilidades que existem para o nosso futuro, como jovens dispostos a mudar o mundo e fazer dele um lugar melhor. Nós estamos nessa juntos nessa, não deixe de sonhar.