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O que os Jogos Paralímpicos podem ensinar aos negócios

O que os Jogos Paralímpicos podem ensinar aos negócios
Robson Del Fiol
set. 5 - 4 min de leitura
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Alguém já disse que viver é um desafio constante, que as dificuldades existem para nos motivar a superá-las, mesmo quando algumas delas nos desanimam. Aí estão 2020 e 2021 para comprovar esta afirmação. Mas não é sobre desânimo que quero falar aqui. É sobre perseverança, união, determinação e capacidade de adaptação ao que nos é posto. Esta semana começaram os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 que, mesmo com menos destaque da mídia que os Jogos Olímpicos — a começar pela cerimônia de abertura que ficou com a TV Brasil e não com a TV Globo — nos ensinam lições de vida importantíssimas que servem para nossas relações pessoais, profissionais e para os negócios também.


Ser atleta, com ou sem deficiência, implica em desenvolver uma série de habilidades técnicas, emocionais e se dedicar muito aos seus sonhos. É saber gerenciar seu tempo e sua motivação, focar em eficiência, em liderança e em resultados de longo prazo. Mas na minha opinião, ser atleta paralímpico tem um plus na disciplina necessária, na habilidade de adaptação e no trabalho em equipe, além de naturalmente levantar a bandeira da igualdade, da diversidade e inclusão.


Disciplina faz parte da vida de qualquer atleta. Mas a impressão que sempre tenho ao ver um atleta paralímpico é que ele ou ela se doou um pouco mais, para se preparar melhor e vencer seus limites. Disciplina também é essencial para uma empresa de qualquer tamanho, implementar uma metodologia ágil, por exemplo. A habilidade de explorar várias oportunidades para não se limitar é outra qualidade inspiradora, que cai como uma luva para os negócios. A empresa que quer sobreviver precisa ser capaz de se adaptar, de ousar e se esforçar para que os resultados apareçam em meio a grandes desafios dos ambientes de negócios.


Saber trabalhar em equipe é essencial para o desenvolvimento de atletas paralímpicos de qualquer modalidade, principalmente para quem tem deficiência visual e compete no atletismo, na natação, no futebol para cegos de 5 e no ciclismo, que contam com a presença de pessoas auxiliares sem deficiência que competem junto. É preciso haver muita confiança e colaboração para diminuir os riscos de acidentes e lesões graves entre os atletas. Ter equipes que sabem trabalhar juntas é, certamente, um desafio para qualquer empresa. Mas assim como no esporte, essa relação precisa ser construída e conquistada.


Por fim, a igualdade no respeito às pessoas e a equidade nas oportunidades são algumas das mensagens dos Jogos Paralímpicos que mais deveriam servir de lição para nós do meio corporativo. A diversidade de atletas paralímpicos mostra que é o empenho, a dedicação e os resultados que se conquistam que devem ser levados em conta. É o que gestores e líderes também devem ter em mente, e dizer não ao preconceito. Aqui na Inmetrics temos um programa chamado Programa Incluir que visa incluir pessoas com deficiência no mercado de tecnologia.


Recentemente, a ativista e fundadora do The Valuable 500, Caroline Casey, afirmou em entrevista à CNBC que o número de pessoas com deficiência empregadas aumentou após as paralimpíadas de Londres em 2012. Ela espera que o mesmo ocorra com os jogos de Tóquio. Eu também espero que isso aconteça.

Texto publicado originalmente no Linkedin.


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