De acordo com a Organização Mundial de Saúde, suicídio é segunda causa de morte entre jovens de 15 a 24 anos. Nesse setembro amarelo além de somente observar a campanha passar, pense, reflita e ajude aquele que precisa de um afago, estimulo, carinho.
Confesso que pensei algumas vezes antes de escrever este post, pensei: Larissa, você vai 'mesmo' escrever sobre suicídio? Quem é você na fila do pão para escrever sobre um tema tão delicado? O que você vai falar? Como você pode ajudar? Como não escrever nada de errado?
E minha resposta é: Apesar de ser apaixonada pela mente humana, eu não estudei ela e não a domino. Gente eu realmente não sou nenhuma psicologa, mas sou uma amiga!
E a campanha do Setembro amarelo é justamente para isto, para deixarmos de ignorar o tema - por ser delicado, por medo, por preconceito ...
A campanha foi idealizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM para conscientização em relação ao suicídio, fomentando a prevenção e promoção da saúde mental. A data foi escolhida devido ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro).O objetivo da conscientizar a população sobre a gravidade do problema e melhorar a ajuda a quem precisa.
E como posso ajudar?
- Quebre o tabu e falar sobre o assunto! Divulgue a campanha, discuta sobre o tema com colegas, amigos e familiares. Como que ajudar e ser ajudado se o tema for "proibido"?
- Ajudar jovens a desenvolver habilidades úteis para lidar com as pressões da vida, especialmente nas escolas.
- Treinar profissionais de saúde para lidar com comportamento suicida
- Identificar e apoiar pessoa em risco e manter contato com elas no longo prazo
- Restringir o acesso a instrumentos letais
Comece a conversa
Não existe (pelo menos eu não sei) um roteiro para puxar o assunto, "e não há certo ou errado ao conversar sobre pensamentos suicidas, o importante é começar a conversa", diz à BBC Emma Carrington, porta-voz da entidade de combate à doenças mentais Rethink UK.
Ela acrescenta: "Em primeiro lugar é preciso reconhecer que é uma conversa difícil. Não é uma conversa que temos todos os dias. Então, você vai ficar nervoso e isso é normal - O importante é ouvir e não julgar!"
Conselhos da Samaritans, entidade britânica de apoio à saúde mental para conversar com alguém com pensamentos suicidas:
- Escolha um lugar calmo onde a pessoa sinta-se confortável
- Garanta que vocês dois terão tempo suficiente para conversar
- Se você disser a coisa errada, não entre em pânico; não seja duro demais consigo mesmo
- Foque na outra pessoa, faça contato visual, ponha o telefone de lado – dê sua atenção total à outra pessoa
- Seja paciente, podem ser necessárias várias tentativas até a pessoa estar pronta para se abrir
- Use perguntas abertas que precisam de respostas que sejam mais do que um sim ou um não
- Não sinta que precisa preencher todos os silêncios com conselhos e com palavras: às vezes a pessoa está tomando coragem para falar e precisa de um tempo
- Não interrompa ou ofereça uma solução para todos os problemas, o importante é ouvir
- Não empurre suas próprias ideias sobre como a pessoa deve estar se sentindo
- Verifique se a pessoa sabe onde e como obter ajuda profissional
Conhece e divulgue os canais de ajuda
O CVV — Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Além do site, eles também atendem pelo 188.
Agora me fala, o que achou do post? O tema suicídio é tabu para você? Como você pode contribuir para a campanha? Compartilhe suas reflexões sobre o assunto com a comunidade!