Estamos presenciando a desmaterialização do dinheiro, o estudo publicado pelo Banco Central do Brasil (BACEN) levantou a discussão sobre a moeda digital na economia brasileira.
Neste momento de pandemia, em que estamos muito mais cuidadosos em como as cédulas são sujas e transportam milhares de germes e bactérias. O questionamento sobre o porquê precisamos de dinheiro físico, tende a aumentar.
Cada vez mais aderimos ao meio digital, e esse meio tem se mostrado bem eficiente.
Estamos vendo empresas do ramo financeiro (fintechs) ganhando muita força e popularidade. Como exemplo, temos o nubank, banco Inter, entre muitos outros.
O que significa a desmaterialização na pratica?
Esta relacionado com uso de App no lugar de dinheiro físico ou de plastico, ou seja, o uso de telefones celulares para fazer a transferência de dinheiro de uma pessoa (ou organização) para outra.
Alguns dos benefícios da desmaterialização do dinheiro são:
Eficiência geral do sistema de pagamento
O modelo da moeda digital, tende a reduzir a quantidade de intermediários na cadeia de pagamentos e aumentar os níveis de transparência. Com isso, é possível que as taxas de transações sejam otimizadas, bem como permitir que novas tecnologias fiquem no topo de suas infraestrutura de pagamento, aumentando a oferta de serviços de transferência e pagamento digital e reduzindo (ou até mesmo evitando) os custos repassados ao usuário.
Esta otimização do custo da moeda digital possibilita o melhoria do sistema de pagamentos, sendo um beneficio principalmente para famílias de baixa renda, que tendem a depender muito do papel-moeda, e para pequenas empresas, que incorrem em altos custos para lidar com dinheiro físico ou altas taxas transacionais, quando realizam/recebem pagamentos com cartões. Outro beneficio para a Macroeconomia são os ganhos de produtividade decorrentes a adoção da Moeda Digital seriam semelhantes aos de uma redução substancial de impostos distorcivos.
64% dos comerciantes acreditam que as transações em dinheiro geram custos mais altos do que se pensava até recentemente. Entre as razões estão (i) a necessidade de ter um empregado de confiança, cuja função principal seja lidar com o dinheiro; (ii) tempo perdido para trazer os valores de/para o banco; e (iii) a constante ameaça de roubo.
- Consultoria Tendências - a pedido da MasterCard
Maior inclusão
A desmaterialização do dinheiro servem de porta de entrada para a cidadania financeira, já que há uma infinidade de serviços que são facilitados pela moeda digital.
Quanto aos s 30% [da população] não-bancarizados: (i) 32% afirmam não possuir contas, pois não há instituições financeiras próximas `as suas residências; e (ii) 57% alegam não ter conta em razão dos altos custos dos serviços financeiros.
- Global Findex Report (2017)
Facilitando nossa vida
O Brasil é gigantesco e em algumas cidades como São Paulo o acesso a agências e caixas eletrônicos é bem tranquilo, porem ainda hoje temos cidades pequenas no interior sem qualquer canal de saques. A moeda digital facilita e muito a vida destas pessoas.
Há também de lembrar que as novas tendências estão fazendo diversos países pensarem em digitalizar sua moeda, para engajar e facilitar novas formas de transação. Algumas delas são (i) “Finanças Invisíveis” (por exemplo, Uber e Amazon GO), que dependem de pagamentos móveis; (ii) a chamada “Internet das Coisas” (IoT), que se traduz em transações “máquina a máquina (M2M)” pela Internet; e (iii) “Contratos Inteligentes”, que são codificados e podem movimentar dinheiro automaticamente, se algumas condições especificas forem implementadas.
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